Durante a pandemia, a demanda por embarcações cresceu muito. Veja neste artigo algumas das razões para o mercado continuar aquecido e as novidades para o ano de 2022.
Apesar de ter provocado uma crise econômica fortíssima, a pandemia não foi um contratempo no mercado de embarcações de luxo. Isso se dá pelo fato de que o isolamento social, restrições a viagens e, até mesmo, os juros mais baixos foram considerados motivos para o crescimento das vendas, de acordo com os fabricantes.
Segundo o executivo do ramo e presidente da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar), um barco também é uma forma de isolamento social. E ainda de acordo com dados da Acobar e do Departamento de Portos e Costas (DPC), da Marinha do Brasil, existe um total de 690 mil barcos ativos em território brasileiro.
Este número engloba todo tipo de embarcação, de todo porte e finalidade. Além disso, 1 milhão é o número total de profissionais que possuem habilitação para atuar em atividades de navegação, sendo eles capitães e pilotos.
Não só para o lazer, ter um barco próprio tornou-se também uma opção de emprego para muitas pessoas, que aderiram ao boat office. Este conceito foi acolhido por todos que queriam sair um pouco de casa, explorar novos horizontes e novas oportunidades.
Principalmente durante momentos de pico da pandemia, o mar foi visto como um refúgio, aumentando as vendas de embarcações luxuosas até 2 vezes mais, em 2020.
Com mais de 20 metros de comprimento, a nova tendência no mundo de luxo marinho para 2022 são os chamados “superiates” ou “megaiates”. Em decorrência da alta de vendas em meio à pandemia, o mercado dos superiates está previsto para atingir um marco de 10,2 bilhões de dólares (aproximadamente R$57 bilhões) até o ano de 2025.
Este ótimo momento para os fabricantes de barcos e iates se reflete também nas marinas que acolhem as embarcações. Segundo Gabriela Lobato, presidente-executiva da BR Marinas, entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, o número de vagas molhadas aumentou em 12%.
Tamanho e estilo são diferenciais preciosos em uma embarcação. Segundo o italiano Paolo Ferragni, yacht designer, que está presente no setor náutico há 19 anos, as principais tendências em novas embarcações são janelas cada vez maiores. Dessa forma, a visão do exterior de dentro da embarcação é ampliada.
Além disso, a sensibilidade em termos de consumo, uso de menos fibra de vidro e a fabricação de uma maior quantidade de barcos híbridos também são novidades no mundo das embarcações. Isso porque, cada vez mais, o público procura por sustentabilidade e soluções tecnológicas para diminuir o consumo, como o uso de materiais eco sustentáveis e sem tantos produtos e substâncias químicas. A utilização de couros veganos também deverá estar em alta.
O design também é um ponto imprescindível, uma vez que o interior das embarcações, cada vez mais, será parecido com a infraestrutura e conforto de uma casa ou hotel.
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